Mais do que um costume da virada do ano novo, o champagne acompanha celebrações há séculos. Mas comemorar com um espumante traz a ideia de alegria a qualquer evento.
Sua coloração dourada e suas bolhas reforçam ainda mais o apelo festivo. Por isso, o champagne é a bebida das grandes comemorações, das grandes conquistas.
A história do champagne
A cidade de Reims, ao nordeste da França, na histórica região de Champagne-Ardenas, é a capital não oficial da região vinícola de Champagne. Em Reims os reis da França foram coroados.
Reims foi palco de inúmeras guerras, mas uma em especial ganha destaque: a batalha contra os povos germânicos, no ano de 496.
O reino do Rei Clóvis estava na iminência de sofrer uma invasão por parte dos alamanos. Parecia ser uma batalha perdida para os franceses.
Mas o Rei Clovis, por influência de sua esposa, implorou a Deus para que os franceses vencessem a sangrenta batalha. Clovis não era cristão. Mas se vencesse, ele e seus soldados se converteriam ao cristianismo.
Inacreditavelmente, a França venceu a guerra contra os germânicos e Clovis e seu exército de mais de 3000 homens foram batizados.
A partir daí todos os eventos, conquistas, casamentos e festividades eram celebrados em Reims, assim como Luiz XIV foi coroado em Reims e o champagne foi desenvolvida em Reims.
O rei e o monge
Dois personagens dessa época se destacam: Luiz XIV e Dom Pérignon. Luiz XIV era rico, vivia no mais absoluto luxo.
Já Dom Pérignon não era pobre, mas vivia na pobreza em função dos votos como monge Beneditino.
Nasceram no mesmo ano e morreram com a mesma idade. Apesar das grandes diferenças, ambos foram os grandes responsáveis pela tradição de brindar com champagne as conquistas e a renovação dos votos de esperança para o ano novo.
Luiz XIV conheceu a bebida em 1661, quando assumiu definitivamente o trono da França, e ele gostou tanto que o champagne passou a fazer parte de todas as comemorações do reino e nos banquetes reais, adquirindo muitos adeptos graças à influencia do Rei.
Logo o champagne estava em todos os castelos da Europa, e ficou associado à diversão e à felicidade.
Já Dom Pérignon foi um monge beneditino reconhecido por muitos historiadores como o “inventor” do champagne, o que não é verdade.
A carbonatação do vinho já acontecia desde a Roma Clássica, e o gás carbônico é gerado naturalmente no processo de vinificação.
A fermentação do champagne é um defeito?
Curiosamente, esse processo era considerado um defeito na bebida e era descartada.
Dom Pérignon desenvolveu diversas técnicas que contribuíram muito para a viticultura local e mundial. Isso só foi possível após ele estudar profundamente o processo de carbonatação.
Isso o ajudou a compreender a vinificação e a criar métodos de controlar a produção do gás carbônico, de forma a padronizar e uniformizar a produção das borbulhas.
Foi preciso produzir garrafas de vidro capazes de aguentar a pressão produzida pela carbonatação (que chegavam a estourar algumas garrafas).
A bebida foi batizada com o nome da cidade onde foi aperfeiçoada: Champagne. Desde então é usada para celebrar os grandes eventos mundiais.
Um brinde a todos os bons momentos da vida que merecem celebração
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