O dia 23 de novembro marcou a ampliação do compromisso entre EnsinE e AMIB em formar os futuros médicos intensivistas no Brasil. Agora a faculdade de Juiz de Fora é a principal responsável pelas conceituadas pós-graduações em medicina intensiva ministrada pela associação.
Com o novo modelo de parceria, a pós-graduação em medicina intensiva da AMIB oferecida pela EnsinE alcança agora 22 estados da federação em diferentes cidades. É a maior rede de formação de médicos intensivistas do Brasil.
Veja o que disse o reitor da Faculdade EnsinE, Vitor Hugo, sobre esse novo momento da parceria com a AMIB.
O cenário da medicina intensiva no Brasil
A notícia vem em boa hora uma vez que o número de médicos intensivistas necessários para atender a população brasileira ainda está muito longe de ser alcançado. Segundo pesquisa da AMIB de 2018, a quantidade de médicos intensivistas em território nacional gira em torno dos 6 500 profissionais: número pelo menos 5 vezes menor do que o ideal.
O resultado desse déficit se fez sentir de forma trágica durante a pandemia de coronavírus e precisa ser revertido o quanto antes. O tratamento intensivo é um ponto crítico na medicina e, como a OMS já alertou, novas pandemias devem surgir conforme o crescimento da população mundial e a crise ambiental se intensificarem.
O que é médico intensivista?
Os desafios e necessidade dos médicos intensivistas ficou muito evidente durante os meses mais críticos da pandemia de COVID-19.
Como se sabe, muitas pessoas que não tiveram a chance de se vacinar ou com comorbidades prévias que tiveram contato com o coronavírus acabaram evoluindo para estados de saúde grave. Quando isso aconteceu, esses pacientes precisaram de intubação nas unidades de terapia intensiva (UTI) e é aí onde os médicos intensivistas atuam.
Ou seja, os médicos intensivistas tratam de pacientes em estado grave e muito debilitados, que demandam um atendimento de alta complexidade em ambiente controlado.
Não por acaso, um dos principais desafios dos intensivistas é lidar com a enorme carga emocional da função. Por isso é tão importante uma sólida compreensão da ética médica, além do exercício constante da compaixão e empatia para lidar de forma humana com os familiares em sofrimento.
Faz parte da rotina de um médico intensivista, infelizmente, dar notícias ruins.
Quanto ganha um médico intensivista?
Segundo pesquisa do site Vagas.com, a média salarial de um médico intensivista no Brasil hoje é de R$10,3 mil. O piso salarial, estabelecido em acordo coletivo em 2022, é de R$8.677,71. Já o teto salarial registrado é de R$18.440,98
Ou seja, o rendimento econômico de um médico intensivista pode variar bastante dependendo de onde o profissional atua e do tempo de carreira.
Como se tornar um médico intensivista?
O médico graduado que deseja trabalhar na Medicina Intensiva pode optar por dois caminhos de formação. São eles:
- Residência Médica
- Pós-Graduação em Medicina Intensiva
Residência médica
A residência médica é o caminho mais longo e consiste em uma dupla especialização.
O intensivista precisa compreender os mais diferentes sistemas do corpo humano e como eles se integram. Por isso, na residência, é requerido que o profissional se especialize em uma área de conhecimento mais geral como Clínica Médica ou Cirurgia Geral.
Como dissemos, caminho longo. Afinal cada especialização dura cerca de dois anos. E Ou seja, o tempo de formação de um médico intensivista na residência médica é de 4 anos ao todo.
Há, porém, o caminho mais curto, mas que consiste em uma imersão total na área: as pós-graduações.
Pós em medicina intensiva
Principais responsáveis por impedir um apagão nas unidades de terapia intensiva no país, as pós-graduações em Medicina Intensiva aparecem como a opção ideal para quem quer uma imersão completa nessa área.
Os centros formadores que oferecem essa pós-graduação devem ser credenciados pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a AMIB. Com a parceria firmada em novembro de 2022, a Faculdade EnsinE se tornou o maior centro formador de médicos intensivistas do Brasil!
Ao todo são 34 cursos de pós-graduação em medicina intensiva espalhados por todo o país. O programa tem duração de 360 horas e inclui mais de 20 módulos como procedimentos e habilidades em emergências médicas, cardiointensivismo e choque, infecções graves, entre outros.
Com a conclusão da pós-graduação, os novos intensivistas estão aptos a fazer a prova de título da AMIB. A aprovação no exame da associação é necessária para a requisição posterior do título no Conselho Regional de Medicina (CRM). Só então o médico ou médica poderá exercer a profissão.
2 comentários em “Médicos intensivistas: EnsinE é a maior parceira AMIB no país”
Bom dia,
Tenho interesse na especialização, e segundo estão informando no site ´´Com a conclusão da pós-graduação, os novos intensivistas estão aptos a fazer a prova de título da AMIB´´, isto significa que, ao término da pós graduação, já seria possível eu prestar a prova de titulo?
Não seria necessário comprovar nenhum outro pre requisito para a prova de titulo?
Oi, Marcelo, tudo bem?
A pós-graduação AMIB é o caminho mais qualificado para a obtenção do título de especialista em Medicina Intensiva. Ela oferece uma preparação completa para a prova de título, inclusive com pontuação máxima na fase curricular.
Para ser elegível para prova, é necessário cumprir um dos seguintes pré-requisitos:
A pós-graduação AMIB complementa e potencializa a sua formação, sendo indicada tanto para residentes, quanto para médicos recém-formados.
Lembre-se, porém, que para fazer a prova é necessário atender a algum dos pré-requisitos mencionados acima.