McDonaldização é uma teoria que foi desenvolvida pelo sociólogo americano George Ritzer, que introduziu o conceito de McDonaldização em seu livro de 1993, The McDonaldization of Society.
Segundo Ritzer, o termo McDonaldização se aplica quando a sociedade moderna se comporta com características moldadas nas lojas de fast-food (não especificamente McDonald’s, mas na maioria das lojas fast-food dos dias de hoje).
De acordo com Tibério Alfredo, coordenador do curso de Gastronomia Contemporânea da faculdade EnsinE, o comportamento Mcdonaldizado é um algo tão comum em nosso dia a dia que o fazemos sem perceber.
Participamos desse fenômeno, segundo Tibério, quando esquentamos uma lasanha industrializada congelada, ou preparamos uma pipoca no micro-ondas e até mesmo nos restaurantes self-services.
O professor ilustra esse pensamento quando diz que “nós desembalamos mais e descascamos menos”. E ele tem toda a razão.
Explicando a Mcdonaldização em 4 etapas
Esse comportamento foi adaptado com base nos princípios de um restaurante de fast-food: eficiência, cálculo, previsibilidade e controle.
Vamos enumerar esses princípios
- 1 – Eficiência: busca do método prático, facilmente replicável na produção de alimentos, ou qualquer outro bem ou serviço, minimizando o tempo necessário para concluir o processo de produção;
- 2 – Cálculo: avaliação de resultados com base em critério quantificável, onde todo o processo é mensurável, fundamental para gestão de qualquer restaurante.
- 3 – Previsibilidade: visa garantir uniformidade e resultados padronizados em processos repetitivos de produção ou experiências idênticas (ou próximas) para consumidor.
- 4 – Controle: permite garantir que os trabalhadores e processos se comportem da mesma maneira, diariamente. Também se refere a substituição do trabalho humano pela automação, sempre que possível.
Explicando melhor essas 4 características, a Mcdonaldização eliminou a necessidade de trabalhadores qualificados, pois as tarefas são repetitivas. Ou seja, mão de obra fácil de substituir.
Essa forma de execução, segundo o autor, desvaloriza a força de trabalho humana, e algumas empresas transferem para o consumidor tarefas que seriam de sua responsabilidade.
Por exemplo: em um restaurante self-service, é você quem monta o seu prato. Ou quando compra móveis de baixo custo, você mesmo monta. Dessa forma, você está ajudando às empresas a alcançarem eficiência e controle, fazendo você “trabalhar de graça”
O professor Tibério ressalta que isso de forma alguma é uma crítica. É uma constatação de um comportamento contemporâneo.
Na pós de Gastronomia Contemporânea aborda-se o assunto de forma didática, incentivando o aluno a pensar e analisar uma cultura que tem sido adotada não somente na gastronomia, mas na vida.