Autora: ALINE GOUVÊA LEITE
A arquitetura e design residencial oferecem muitas oportunidades, tanto de exteriores quanto de interiores. Os campos de trabalho são muitos e há espaço para todos acharem seu lugar.
O mercado esteve difícil anos atrás e é quando ele aquece que temos que aproveitar para tentar nos tornar reconhecidos e nos estabelecer como profissionais.
Novo Normal
O novo normal faz referência às ações do dia a dia e à nova maneira de se relacionar, considerando as mudanças enfrentadas durante a pandemia.
Então, o ‘novo normal” aqueceu o mercado da arquitetura? Sim, principalmente da arquitetura residencial. As pessoas passaram a valorizar mais seus espaços por passarem mais tempo percebendo suas relações com os mesmos.
Valorização dos espaços
Atualmente, existe a valorização de dois espaços antagônicos.
O primeiro é o famoso home office: o usuário foi obrigado a trazer o trabalho para dentro de casa, assim, o espaço é muito valorizado.
O segundo é o que desconecta a pessoa de qualquer relação com o mundo: a casa no campo que promete um descanso desconectado do mundo virtual que invadiu o espaço residencial.
Ambos, no entanto, valorizaram muito a profissão do arquiteto e do designer de interiores. A demanda para criação de espaços com academia, escritório, spa e outros que valorizam a residência não só no aspecto construtivo, mas também em seu conceito.
O “morar” passou a ter um valor não só de abrigo, mas também de estar, e com ele, o glamour que antes era encontrado em bares e restaurantes, passou a ser procurado e desejado dentro da própria casa.
O “novo morar” valoriza um espaço elegante, mas ao mesmo tempo confortável. As pessoas querem trazer o que encontravam na rua, mas de uma forma mais descontraída para dentro de casa.
Arquitetura residencial na pandemia
Em uma reportagem da revista Ela de março de 2021, Carlos Ferreirinha, consultor de luxo mostra como marcas de luxo aumentaram suas vendas durante a pandemia e defende a tese da concentração de riquezas nas mãos de um número ainda mais reduzido de pessoas. Isso reflete na arquitetura e design de interiores. O luxo buscado por essas pessoas reflete na sociedade em geral, que deseja ter o mesmo e procura, de alguma forma, refletir os parâmetros dentro da sua realidade.
A residência como foco da mudança
Nesse contexto, o início acontece com o cliente de alto padrão que procura simplicidade com segurança, infraestrutura e beleza. Assim, ele não tenta fazer por si mesmo, procura quem possa oferecer a ele todo esse serviço sem lhe dar dor de cabeça.
Da mesma forma que busca bons vinhos e alta gastronomia, quer um local tranquilo para morar, que seja de fácil acesso para o que precisa. Com infra estrutura para seu cotidiano e principalmente: soluções de forma prática e objetiva.
Já os clientes que se espelham nesse topo da cadeia do consumo, procuram o mesmo, imitam ou procuram serviços que se adequem à realidade em que vivem. E isso foi o que aqueceu o mercado durante a pandemia. Dessa forma, os escritórios de arquitetura e designers foram procurados em busca de soluções rápidas, sem contato de risco, para que pudessem “viver melhor” sem sair de casa.
Nesse momento os profissionais se diferenciaram no mercado de trabalho. Muitos conseguiram se destacar oferecendo um serviço de qualidade, com bons parceiros e sabendo organizar e atender os clientes da forma como desejada. Outros, se contentaram em fazer o mesmo e acabam não conseguindo aproveitar a oportunidade para crescer profissionalmente.
E você? Em qual grupo está? Ainda dá tempo de entrar nesse mercado. É sempre possível recomeçar, aprender mais. Aproveite para se realizar profissionalmente ao mesmo tempo em que realizará os sonhos dos seus clientes.