Não tem jeito, desde que aquele menino franzino saiu da pobreza para ser consagrado rei, o sonho de ser jogador de futebol tomou conta dos corações brasileiros.
Essa é a história de Pelé, mas é também a de tantos outros meninos: pobres e sem perspectiva de prosperar na vida em um país que por centenas de anos restringiu o acesso à educação e oportunidades de emprego qualificado a um pequena parcela privilegiada da população.
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O futebol transforma
Sim, a verdade é dura. E para enfrentar essa condição tantos desses meninos recorreram ao talento: o talento do corpo, do drible. Não por acaso o futebol se tornou um dos principais caminhos de ascensão social para aqueles que têm muito pouco, quase nada.
Sérgio Almeida – que é educador físico, gestor de futebol e trabalha com empresas de agenciamento de atletas – conhece essa realidade de perto: “eu tenho aluno que começou treinando comigo descalço, não tinha dinheiro nem para uma chuteira, aluno que só tinha iogurte com biscoito para o almoço”.
Sérgio é um empresário atuante no mundo do futebol em Juiz de Fora e sabe que muitas vezes o esporte salva. “É comum, já vi muito menino que mata aula, que tem um comportamento agressivo, mas que depois que entra no esporte percebe a oportunidade que tem, e aí fica mais disciplinado e dedicado”.
A capacitação de atletas no Brasil
Nas últimas décadas, o país do futebol viu surgir uma complexa rede de escolinhas, peneiras e centros de treinamento onde os meninos que sonham em repetir o caminho de Pelé se aventuram pela primeira vez.
Embora esse momento de entrada no mundo do futebol seja fundamental, existe um buraco que pode muitas vezes interromper a carreira desses meninos antes mesmo de começar. Trata-se de um momento crítico, no início da vida do jogador, que não é contemplado por essa rede de escolas de futebol.
“Quando chega no sub-17 e vai para um clube fazer um teste de peneira, é comum muitos serem dispensados porque a concorrência é grande, o problema é que esse garoto volta e nem sempre encontra um espaço para continuar treinando”, explica Sérgio.
A maldição dos sem-bola
O que pode parecer uma pausa, um mero intervalo na carreira do menino, acaba virando um abismo. Sem lugar para treinar, eles tentam preencher esse buraco com uma rotina de exercícios físicos durante a semana e uma pelada com os amigos de vez em quando. E é aí que o futuro atleta cai na maldição que muitas vezes é fatal para sua carreira: a falta do tempo de bola.
Assim, por melhores que eles sejam nas peladas, ficam cada vez mais distantes da média de corte para entrar no sonhado mundo do futebol profissional.
Um projeto para a capacitação de atletas em Juiz de Fora
Esse buraco existe em Juiz de Fora. Há um abismo entre os times profissionais e esses meninos que já estão velhos demais para continuarem em escolinhas. E a carreira de muitos potenciais jogadores na cidade foi e é interrompida por essa falta.
Foi pensando em solucionar esse problema que Sérgio se juntou a outros profissionais de educação física que atuam no mundo do futebol em Juiz de Fora para criar um projeto de transição das categorias de base para o profissional: o Projeto de Rendimento Elite.
O Elite é um projeto social, ainda em fase de captação de recursos, e servirá como estrutura de manutenção e capacitação dos atletas entre 15 e 24 anos que ainda estão buscando a aprovação nas peneiras dos times profissionais.
Sérgio explica que somente em recursos humanos, o projeto deverá custar cerca de 40 mil reais para os primeiros 10 meses de execução (período projetado para a implementação e teste do modelo na cidade). Fora os gastos com uniformes, material esportivo, locais de treino, etc.
O apoio da EnsinE aos futuros atletas da cidade
É aqui que entra o apoio dos empresários e instituições que apoiam e valorizam o esporte em Juiz de Fora.
Os uniformes, por exemplo, foram doados pela EnsinE. “A gente procurou o Vitor Hugo da EnsinE para apoiar esse projeto de transição que não existe na nossa região hoje. E ele se dispôs imediatamente a financiar todo o uniforme do Projeto Elite!”, conta Sérgio.
Essa é uma das muitas ações da Faculdade para apoiar projetos que movimentam a educação física em Juiz de Fora. Estamos comprometidos a fomentar o potencial esportivo da cidade e transformar a vida das pessoas!
A importância de uma formação de excelência
Se antes bastava a genialidade de um Garrincha, por exemplo, hoje o mundo profissional do futebol está muito mais concorrido e exigente. Para se tornar jogador de futebol é necessário muito preparo. Não só físico e emocional, mas também conhecimento tático, capacidade de análise, aprimoramento técnico e de habilidades pessoais. Foi-se o tempo em que talento bastava: o jogador de futebol deve ser completo.
O Projeto de Rendimento Elite tem um papel importante nessa formação e muito a contribuir com a cidade! É por isso que nós o apoiamos.
Ninguém leva a Educação Física tão a sério quanto a EnsinE porque nós sabemos que ela é capaz de mudar vidas e transformar a realidade! Clica aqui para saber mais sobre a melhor Graduação em Educação Física de Juiz de Fora!