Autor: Ms. Rennan Arrighi
Durante a pandemia, está sendo muito importante refletirmos sobre a estrutura dos hospitais para que possamos ajudar a reduzir contágios entre os pacientes e equipes de saúde.
A pandemia chegou, ano passado, de forma assoladora para todos nós. Sem precedentes deste tipo de contágio, fomos pegos de “surpresa” sem termos experiência para lidar e controlar esse panorama.
As instituições de saúde podem ser o epicentro da pandemia se não tomarem muito cuidado, apesar de já seguirem normas sanitárias específicas e restritas. Os hospitais necessitam de uma reavaliação estrutural para amenizarem os impactos gerados hoje e se precaverem para o futuro. Assim, a Arquitetura Hospitalar é fundamental para que isso aconteça, fazendo, o quanto antes, uma análise e o remanejo da estrutura arquitetônica.
Arquitetura Hospitalar
É essencial destacar que nós profissionais da Arquitetura Hospitalar já seguimos padrões rigorosos de projetos. Reduzindo, assim, a proliferação de doenças causadas por bactérias e vírus. Entretanto, é sempre importante enfatizar que recursos naturais, como o sol e o vento, podem tornar os ambientes muito mais saudáveis de uma forma natural e passiva.
Os hospitais necessitam de um remodelamento de ambientes, uma maneira eficiente de se evitar o contágio de doenças entre os pacientes, como na sala de espera, onde ficam horas aguardando um atendimento, juntos a demais pessoas, que podem estar infectadas, por exemplo.
Uma forma eficaz é interceder na planta baixa desses espaços, no que diz respeito à lógica da setorização e fluxograma. Assim, repensar em formas de separar os pacientes que estão com sintomas de tal doença infecciosa com os que estão com algum outro tipo de problema.
Estabelecendo, dessa maneira, alas separadas para o atendimento e a locação de tais infectados para que não haja um contato com os demais. Logo, evita uma possível proliferação dentro desse espaço, ou seja, impede de forma física o cruzamento de pessoas com e sem sintomas.
Com toda certeza, depois desta pandemia pela qual estamos passando, a Arquitetura Hospitalar, terá que ser repensada. Remodelada para atender com eficácia qualquer tipo de doença contagiosa que venha aparecer.
E, por isto, é necessário avaliarmos a estrutura que existe hoje e que é apresentada à equipe de saúde e aos pacientes.
Resumindo, o que deve ser feito por agora é priorizar a ventilação natural cruzada e renovável. Evitar o fluxo cruzado de pessoas com doenças contagiosas e aumentar o distanciamento dos pacientes, tanto nas salas de espera quanto nos leitos, com alas separadas.