A ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) é usada em pacientes internados com complicações da covid-19. Funciona como um pulmão e coração artificiais, exercendo a função dos órgãos quando os mesmos estão fragilizados em demasia. Mas não era para ser assim tão “comum”: este é um equipamento de alta complexidade, e que se faz mais necessário agora na luta contra a pandemia.
O aparelho ganhou destaque após ser um dos artifícios utilizados na luta para tentar salvar a vida do ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da covid-19 em maio deste ano, causando grande comoção nacional e até mundial. À princípio, o que chamou mais atenção foi o valor estimado da ECMO (cerca de R$ 30 mil por dia), mas, mesmo pouco acessível, esta terapia já salvou muitas vidas da covid-19.
Recentemente, no dia 25 de junho, o Ministério da Saúde optou por não incorporar a tecnologia ao SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a decisão, recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec), a ECMO é um aparelho que divide opiniões: além de ser invasivo e incerto, tem custo elevado.
Diferença entre a ECMO e o respirador
A principal diferença está na função de cada aparelho. Enquanto o respirador apenas auxilia o pulmão a puxar o fluxo de oxigênio, a ECMO assume o papel do órgão, é como um “pulmão extra”. Sabemos que é muito comum que pacientes com covid-19 desenvolvam falta de ar, portanto, em casos extremos, a ECMO faz-se necessária para uma possível reabilitação em casos graves ou gravíssimos.
O respirador é um método mais comum e amplamente utilizado em casos graves de internações por doenças que atacam o pulmão. A chamada “ventilação mecânica” supre a carência de oxigênio do doente e permite que o pulmão não tenha tanto trabalho na troca de gases (O² e CO²). Estudos revelam que cerca de 5% das pessoas que contraem a covid-19 têm necessidade de internação e, em muitos casos, do uso do respirador.
De fato, a ECMO é um equipamento necessário, mas, como vimos, o seu uso deve ser feito com responsabilidade e apenas em casos de necessidade. Afinal, apesar de muito tecnológico e, muitas vezes, essencial para vencer a luta para salvar o paciente, é um procedimento invasivo e que demanda saber se o doente irá aguentar a implantação do sistema. Além disso, o custo alto deve ser levado em consideração.
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